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Hacker da Lava Jato promoveu lavagem de dinheiro, diz PF

Hacker da Lava Jato promoveu lavagem de dinheiro, diz PF

A Polícia Federal afirmou pela primeira vez que encontrou “evidências” de que o hacker Walter Delgatti Neto, responsável por invadir o aplicativo Telegram do ministro da Justiça,Sergio Moro e de integrantes da Lava-Jato, praticou ações que configuram “lavagem de dinheiro”, crime cuja pena é de três a dez anos de prisão, e que possuía aplicativos para realização de fraudes bancárias.

“Já foram encontradas no material arrecadado evidências do envolvimento de Walter Delgatti Neto (...) com ações voltadas à ocultação ou dissimulação da origem dos recursos de origem ilícita, configurando, em tese, o delito de lavagem de dinheiro”, escreveu a PF em relatório parcial do inquérito da Operação Spoofing, publicado pelo jornal O Globo.

Além da lavagem, Delgatti é apontado como suspeito dos crimes de violação de sigilo telefônico e invasão de dispositivo informático alheio.

Os investigadores, porém, até agora não obtiveram provas de que o hacker teria sido pago pela invasão do Telegram das autoridades. A PF aponta que “ainda não é possível afirmar se o investigado teria realmente atuado sozinho e não estaria ocultando a participação de outras pessoas nos crimes investigados”.

Dentre as novas provas obtidas, chamou atenção dos investigadores uma negociação de bitcoins — um tipo de moeda virtual — no valor de R$ 1,5 milhão, que permanece inexplicada.