País tem protestos após homem negro ser espancado até a morte no Carrefour
| RedaçãoApós João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos, ser espancado até a morte por um segurança do Carrefour e um policial militar no estacionamento de uma unidade da rede de supermercados em região nobre de Porto Alegre, no Rio Grando do Sul, nesta quinta-feira, protestos ocorrem e estão marcados para esta sexta-feira, Dia da Consciência Negra, em diferentes pontos do Brasil, inclusive a capital gaúcha.
Em Brasília, um grupo de manifestantes entrou na unidade do Carrefour da 402 Sul, na capital federal, para protestar contra o assassinato de João Alberto Silveira Freitas e o racismo estrutural, relembrando a morte do negro norte-americano George Floyd e a marcante frase "I can't breathe", "eu não consigo respirar", em português.
Manuela publicou no início da madrugada desta sexta que viu as imagens do ocorrido assim que saiu do debate na Band na noite desta quinta e disse que há um "pedido de investigação sendo feito por parlamentares e pela bancada antirracista recém-eleita".
"O racismo que estrutura as relações de nossa sociedade precisa ser enfrentado de frente. As mulheres e homens brancos precisam assumir a sua responsabilidade na luta antirracista. Quantos Betos? Qual pessoa branca você viu ser vítima dessa violência?", questionou Manuela.
A vítima era integrante de uma torcida organizada de futebol do time São José, que também convocou as pessoas para a manifestação desta sexta-feira no Carrefour onde ocorreu o assassinato. "Estaremos no Carrefour Passo D'areia o dia todo, não vai ficar assim, queremos justiça, fizeram covardia com 1 irmão, agora segurem o Bonde da zona norte", divulgou a torcida.
No Rio de Janeiro, também há um ato marcado nesta sexta-feira, na unidade da Barra da Tijuca do supermercado, assim como em São Paulo, onde a concentração será no MASP, na Avenida Paulista, e caminhada até unidade do Carrefour na Avenida Brigadeiro Luís Antônio.
Em Osasco, cidade da Região Metropolitana de São Paulo, há convocação para um protesto na Ponte Metálica. Essa unidade do Carrefour também já ficou conhecida por sua violência. Em 2018, por exemplo, o cachorro Manchinha foi morto com uma barra de ferro por um segurança do local.