STF não julga HC e prisão de André completa 16 dias

A prisão do ex-governador André Puccinelli completa hoje 16 dias e até agora o Supremo Tribunal Federal (STF) não julgou o pedido de habeas corpus impetrado por seus advogados. Depois de duas derrotas jurídicas, uma no TRF4 e outra no STJ, o emedebista segue encarcerado juntamente com o filho André Puccinelli Júnior e o advogado João Calves, acusados de crime de lavagem de dinheiro em investigação que apurou o pagamento de propina ao trio pela JBS.

André Puccinelli foi preso no dia 20 de julho, por determinação do juiz Bruno Bruno Cesar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara da Justiça Federal. Como ocorreu na prisão anterior, em novembro de 2017, os advogados dele acreditavam que seria solto em questão de horas, o que acabou não acontecendo. A certeza era tanta que o nome de Puccinelli foi mantido como pré-candidato a governador pelo MDB. Ontem, foi referendado o nome da senadora Simone Tebet e André foi finalmente descartado.

A expectativa de correligionários e da própria defesa do político acredita que amanhã o STF deverá se manifestar com relação ao habeas corpus, que está sob análise do ministro Alexandre Moraes, o mesmo que mandou retornar para a prisão o ex-deputado federal Edson Giroto e o empresário João Amorim.

Todos eles ocupam um único espaço no Centro de Triagem, em Campo Grande, juntamente com mais de 15 presos. Pelos crimes pelos quais está preso, Puccinelli já se tornou réu em mais uma ação penal. Denúncia nesse sentido, apresentada pelo procurador da República Davi Marcucci Pracucho no dia 24 de julho, foi recebida em 30 de julho pelo juiz Bruno Cesar.

 Essa é a sétima denúncia recebida pela Justiça nos desdobramentos da Lama Asfáltica, deflagrada em julho de 2015 e que envolveu a Polícia Federal, MPE, CGU e Receita Federal para apurar crimes contra a administração pública, federal e estadual, fraude, peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.