Brasil

DPU quer suspensão de campanha de abstinência sexual

DPU quer suspensão de campanha de abstinência sexual

A Defensoria Pública da União (DPU) e a Defensoria Pública de São Paulo enviaram recomendação ao Ministério da Saúde e ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, da ministra Damares Alves, pedindo que a campanha da abstinência sexual não seja veiculada. Segundo o documento, a política não tem evidências científicas e pode trazer riscos para os adolescentes.

A campanha foi criada por Damares com o objetivo de enfrentar a gravidez precoce e proliferação de doenças sexualmente transmissíveis no País. A ideia é que, no futuro, ela seja transformada em política pública.

De acordo com estudos citados pelas defensorias no parecer, países que têm políticas de abstinência sexual desde 1981 concluíram que a medida não promove mudanças positivas na vida sexual dos jovens. Ela não impede a gravidez na adolescência nem a propagação de infecções sexualmente transmissíveis.

Além disso, as defensorias argumentam que a medida traz riscos de desinformação aos jovens ao não privilegiar orientação quanto ao uso de métodos reconhecidamente eficazes.

Por fim, as entidades pedem que seja suspensa a elaboração do Plano Nacional de Prevenção ao Risco Sexual Precoce em até 15 dias.